Açúcar e soja puxam crescimento nas exportações por Paranaguá

O volume de produtos exportados pelo Porto de Paranaguá, de janeiro a setembro deste ano, superou em 9,6 % o total embarcado no mesmo período de 2008, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC). Das mais de 17,7 milhões de toneladas, que foram embarcadas no complexo portuário paranaense, 13,1 milhões de toneladas corresponderam ao volume dos principais granéis sólidos negociados nos mercados interno e externo. Os embarques de açúcar nos primeiros nove meses, com aumento de 42%, continuam puxando a alta, em volume, nas exportações pelo Porto de Paranaguá frente aos resultados obtidos em 2008. No acumulado do ano, foram embarcadas perto de 2,7 milhões de toneladas. Os embarques de açúcar geraram uma receita de US$ 848,9 milhões, o que representou uma alta de 62% em relação a igual período do ano passado. A segunda maior alta, em volume, nas exportações pelo Porto de Paranaguá, de janeiro a setembro, foi observada nos embarques de soja, que registraram alta de 23,3% na comparação com o mesmo período de 2008. O desempenho nos embarques de milho e farelos – que completam o segmento dos principais granéis sólidos exportados por Paranaguá – também foi positivo, embora um pouco mais tímido: 2,4% e 7%, respectivamente. O presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Paraná (Sindiexpar), Zulfiro Antonio Bósio, em uma recente discussão sobre a participação do Brasil no comércio internacional, observou que, pela primeira vez, nos últimos 31 anos, as exportações de produtos primários têm superado as vendas externas de manufaturados. "A crise é a responsável pela mudança na pauta de exportações. Isso é, de certa forma, preocupante, pois torna o País mais vulnerável às oscilações dos preços das commodities", afirmou Bósio ao fazer uma avaliação do cenário nacional. O desempenho das exportações pelo Porto de Paranaguá acompanhou o movimento observado no restante do País. No entanto, apesar da queda acentuada em manufaturados – como os veículos (-29,33%), por exemplo -, o aumento nas exportações de outros produtos de maior valor evitou um recuo ainda maior na receita cambial. Os produtos congelados (carnes e subprodutos) se encaixam nesse contexto. Segundo dados extraídos do portal Alice Web, do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), com a soma de US$ 2,147 bilhões, os congelados lideraram a participação na receita gerada pelas exportações por Paranaguá e Antonina, respondendo por 21,9% do total. Foram embarcadas 1,28 milhão de toneladas – 24,9% a mais que no mesmo período de 2008. Ao fazer o comparativo entre os portos brasileiros, o levantamento do MDIC mostra que Paranaguá teve crescimento de 9,6%, em volume exportado, e a menor queda na receita cambial (-11,1%), no acumulado de janeiro a setembro, considerando somente os dez maiores complexos portuários. O Porto de Santos, apesar de ter registrado aumento de 12,6%, em volume, amargou queda de 21,66% em receita, no mesmo período. Ainda no ranking dos dez principais portos, os maiores recuos, tanto em volume (-35,6%) quanto em receita (-44,4%), foram observados em Itajaí.

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Atualizado em: 8 de outubro de 2018

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