Chip do Boi 100/% nacional será testado em animais da EPAMIG, em Prudente de Morais-MG

O “Chip do boi” (dispositivo de identificação com chip eletrônico), produto 100% nacional, desenvolvido pelo Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S.A. (Ceitec), destinado à rastreabilidade bovina, chega à última fase de testes antes da produção em escala comercial: os testes de campo em fazenda. E essa última fase será realizada na Fazenda Experimental Santa Rita, da EPAMIG, no Centro-Oeste de Minas no próximo dia 05 de novembro. O ministro de Ciência e Tecnoloigia Sergio Rezende é uma das autoridades confirmadas para o evento. O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, representará o governador Aécio Neves. Durante o evento será assinado contrato de cooperação técnico-científica entre o Ceitec e a EPAMIG. O documento, que formaliza o teste de campo, tem duração de seis meses. De acordo com o contrato, caberá ao Ceitec fornecer, na quantidade necessária, os brincos com dispositivo eletrônico e o respectivo aplicador e disponibilizar, por comodato, um leitor de brincos eletrônicos, compatível com os brincos fornecidos. O CEITEC se compromete a dar suporte técnico na utilização dos brincos e leitor, bem como nos softwares de acompanhamento de rebanho. A EPAMIG disponibilizará os animais para receberem o brinco do Ceitec Rastreabilidade O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) desenvolve desde 2007 a rastreabilidade bovina. Trata-se de um sistema de controle de bovinos e bubalinos que permite sua identificação individual desde o nascimento até o abate, registrando todas as ocorrências ao longo de sua vida. A rastreabilidade é uma obrigatoriedade para o produtor que deseja exportar carne para União Europeia (UE). Atualmente, das 1.717 propriedades brasileiras aptas a exportar para a UE, 611 estão em Minas Gerais, o que representa 36% do total. Estar apta a exportar para o bloco europeu significa também poder fornecer carne para os outros países, já que as exigências da UE são as mais rigorosas. Isso aumenta o interesse de produtores rurais em entrar para esta lista de exportação e demonstra a seriedade dos trabalhos de defesa sanitária. A rastreabilidade é uma das ações do Projeto Estruturador Certifica Minas, gerenciado pelo IMA. Fazenda Experimental Santa Rita (FESR)/EPAMIG Centro-Oeste A EPAMIG Centro-Oeste conta com 15 pesquisadores, que desenvolvem projetos de pesquisa nas seis fazendas da Unidade Regional, distribuídas de forma estratégica a fim de atender às demandas dos produtores rurais da região. As fazendas experimentais são: Santa Rita, em Prudente de Morais; Felixlândia; Pitangui; Arcos; Buritizeiro e Itabira. As pesquisas na FESR estão diretamente ligadas aos levantamentos de demandas realizados na região. Atualmente, as pesquisas abrangem: Olericultura, produção animal, agroenergia, silvicultura e meio ambiente, fruticultura. Interessante observar os impactos gerados na região a partir das pesquisas da EPAMIG. Segundo o chefe da EPAMIG Centro-Oeste, Édio Costa, houve aumento da produtividade de cana-de-açúcar, utilizada na alimentação animal e agroindústria e consequente melhoria da renda do produtor possibilitada pela disponibilização de variedades melhoradas de cana e de informações tecnológicas da cultura, adaptadas às condições regionais; disponibilização de informações sobre o desempenho técnico e econômico de sistema de sistema de produção de leite com gado mestiço; o Programa de Gado F1(gado meio sangue Zebu x holandês) tem demonstrado aos produtores que a produção de leite à pasto é viável e tem melhorado a renda do produtor; as pesquisas relacionadas ao morango orgânico e a disponibilização de tecnologia para sistema de produção orgânica possibilitaram a introdução da cultura do morangueiro na região Cento-Oeste; as pesquisas sobre integração lavoura-pecuária-floresta tem possibilitado o fornecimento de informações sobre esse inovador sistema de produção e também em treinamento e suporte aos produtores. “Estamos sempre atentos à divulgação de nossas tecnologias para nosso público-alvo, o produtor rural e toda a sociedade. Sempre repassamos nossas publicações para esse público: livros, revista Informe Agropecuário, boletins técnicos, cartilhas, folderes, dias de campo, palestras, cursos, artigos técnicos em revistas, congressos e seminários”, diz Édio .

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Atualizado em: 8 de outubro de 2018

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