Saiba como trabalhar com a IATF na estação de monta

IATF na estação de monta

Diante da importância da bovinocultura para a economia brasileira, a eficiência reprodutiva é uma busca constante de quem atua na produção. Sendo assim, aprender sobre técnicas cada vez mais inovadoras é uma das maneiras de alcançar o resultado esperado. Entre as mais conhecidas, a IATF na estação de monta tem agradado os profissionais e propiciado um crescimento expressivo de seu uso no país. 

Quando executada da maneira correta, a Inseminação Artificial em Tempo Fixo traz enormes vantagens ao criador, sendo a redução do intervalo entre partos e a elevação da taxa de bezerros desmamados/matriz/ano, a principal delas. Entretanto, a presença de um médico veterinário qualificado faz toda diferença para auxiliar durante todo o processo.

Pensando nisso, separamos as principais informações para trabalhar com este tipo de inseminação durante a estação de monta da maneira correta e atingir os objetivos da fazenda!

O que é IATF e sua importância

A Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) é uma técnica que promove a sincronização da ovulação das fêmeas bovinas após a administração de medicamentos em dias predeterminados. Seu processo é realizado trinta dias após a parição das matrizes, na maioria das vezes no período de anestro. 

Em relação a inseminação artificial convencional, a IATF permite o melhoramento genético devido ao aumento do número de bezerros provenientes da IA, a padronização dos lotes de bezerros, obtendo melhores preços nas vendas, economia na diminuição do número de touros para repasse, maior controle zootécnico, com o descarte de animais não-produtivos e etc. 

IATF na estação de monta

Primeiramente é necessário conhecer a definição de estação de monta (EM). Podemos dizer que esta é uma prática da criação durante um determinado período do ano, com o objetivo de concentrar os partos e, em sequência, as operações como desmama, vacinações, vermifugações, entre outros. Nessas condições, as matrizes são expostas à reprodução por monta natural ou inseminação artificial.

Porém, a partir dos estudos e com o avanço na pecuária, percebeu-se que utilizar a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) seria uma maneira de evitar prejuízos e igualar os nascimentos uniformizando as características dos filhotes. Além disso, ainda é possível aproveitar o período chuvoso adequando as pastagens ao período de nascimento.

A implementação de uma EM bem definida associada ao uso intensivo da IATF é uma estratégia que concentra as concepções no início da EM, otimizando a distribuição dos partos e gerando bezerros mais pesados e mais rentáveis. Ou seja, unir as duas práticas no manejo da fazenda requer conhecimento avançado em reprodução por parte do médico veterinário.

Melhores práticas e cuidados

Para que tudo saia da maneira esperada é preciso atenção a alguns fatores. O profissional responsável deve, antes de mais nada, avaliar se a implantação da estação de monta irá coincidir com o período do ano de maior disponibilidade de forragens de melhor qualidade (estação das chuvas). Além disso, é necessário ainda: 

  • avaliar a fertilidade dos touros ou do sêmen para não haver comprometimento nos índices de prenhez; 
  • avaliar a condição ginecológica das fêmeas antes de entrarem na EM;
  • estabelecer estratégias de manejo para aumentar a eficiência reprodutiva.

Para além desses fatores, montar uma estratégia de IATF na estação de monta requer um bom manejo alimentar para que haja uma deposição mínima de gordura na carcaça do animal. Os resultados esperados de taxa de prenhez também estão relacionados com ciclicidade e período pós parto.

Como fazer a IATF na estação de monta

Apesar de levar em consideração todas as exigências, o médico veterinário precisa estar por dentro da realidade de cada fazenda. Somente com conhecimento e prática é possível executar o protocolo sem falhar e com todos os cuidados sanitários, prezando sempre pelo bem-estar do animal.

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Fontes: IATF Avançado; Giro do Boi; CPT Cursos Presenciais; Lucas Oliveira e Silva, Roberto Sartori; UFMG.

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