IMA certifica propriedade livre de brucelose e turbeculose

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) entregou, nessa terça-feira (15), o certificado de “Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose” ao produtor José Roberto Martins, da fazenda Pinhal, localizada no município de Elói Mendes, Sul de Minas. O documento, emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e intermediado pelo IMA, comprova que o leite e produtos derivados obtidos nessas propriedades provêm de animais sadios. A fazenda Pinhal foi acompanhada pelo Instituto durante aproximadamente um ano e passou pelo processo de Certificação de Estabelecimentos de Criação Livres de Brucelose e Tuberculose. O certificado isenta o produtor de fazer o teste de diagnóstico para transportar os animais, além da liberação para participação em eventos agropecuários, enquanto durar sua validade. Durante a entrega, José Roberto (foto) ressaltou a importância dessa conquista. “A obtenção do certificado é uma vitória minha e dos meus funcionários, que tratam os animais com muita atenção. Outros produtores do Sul de Minas devem se empenhar para obter o certificado e, assim, destacar a região como área livre de brucelose e tuberculose, além de agregar valor ao seu produto”, enfatizou. O procedimento é voluntário e voltado à produção de gado de leite. Neste caso, são aplicadas medidas de saneamento e vigilância sanitária, que garantem a qualidade do leite e seus derivados. A fazenda Pinhal é a quinta propriedade a obter esta qualificação em Minas Gerais. As demais ficam nos municípios de Bambuí, Coronel Pacheco e Piau (Zona da Mata). Após o período de um ano, para manter o status de propriedade livre de brucelose e tuberculose, o produtor deve realizar novos testes supervisionados de diagnóstico, para comprovar que o rebanho continua saudável. Caso exista algum animal positivo, ele deve ser sacrificado e, em seguida, são realizados dois testes consecutivos comprovando resultado negativo. Se não houver inconformidades, ele renova seu certificado por mais um ano. O produtor que se interessar em certificar sua propriedade deve procurar o escritório do IMA ao qual pertence sua propriedade, acompanhado de médico veterinário habilitado. Ele deve preencher um requerimento e um termo de compromisso. A partir de então, o Instituto faz a vistoria oficial e emite seu parecer para que se inicie ou não o processo de certificação. O prazo mínimo para concessão da certificação é de nove meses. De acordo com o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, a expectativa é de que cada vez mais propriedades obtenham o título. “A certificação é um recurso com o qual os produtores podem agregar valor aos seus produtos. No entanto, a idéia é que toda a cadeia produtiva seja beneficiada, pois, os consumidores, por sua vez, terão a garantia de um produto de melhor qualidade”. A certificação voluntária faz parte das ações do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2001. O IMA é o responsável pela execução do programa em todo o território mineiro. Brucelose e tuberculose A brucelose e a tuberculose têm sido uma das principais causas de perdas econômicas na produção pecuária em todo o território brasileiro, já que podem provocar aborto, queda na produção de leite, menor número de bezerros e, ainda, o desenvolvimento tardio destes animais.Causada pela bactéria Brucella abortus, a brucelose ataca bovinos, bubalinos, suínos, equinos, caprinos e ovinos. A tuberculose também é causada por bactéria, a Mycobacterium bovis, e acomete bovinos, bubalinos, suínos, caprinos, ovinos e aves. Ambas podem infectar o homem e têm grande importância para a saúde pública. Com relação à tuberculose, não existe vacina. A melhor forma de prevenir a doença no rebanho é comprar somente animais que apresentem resultado negativo no teste da doença. No caso da brucelose, a vacinação com a amostra B19 é obrigatória para fêmeas entre 3 e 8 meses de idade, devendo ser realizada sob responsabilidade de médico veterinário cadastrado no IMA. De janeiro a julho de 2009, cerca de 1,2 milhão de bezerras foram imunizadas contra a brucelose, em Minas Gerais, o que representa 54,13% do total de animais vacináveis no Estado neste ano.

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Atualizado em: 8 de outubro de 2018

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