Cães de pastoreio: como eles podem ajudar no manejo do rebanho?

cães de pastoreio O uso de cães de pastoreio voltou com muita força nas fazendas e tem sido cada vez aperfeiçoado. Com o aumento expressivo do rebanho brasileiro e a dificuldade de encontrar mão-de-obra, o cão se tornou um importante aliado dos pecuaristas. Além disso, são amigos e possuem características importantes que quando bem trabalhadas são muito úteis. Animais bem treinados são capazes de conduzir grandes rebanhos por meio de comandos específicos.

As raças de pastoreio foram selecionados de acordo com a conservação do instinto dos seus antepassados, os lobos, que durante a caça separavam os membros mais fracos dos grupos para sua alimentação.

Ao longo deste artigo falaremos sobre as raças mais desenvolvidas para atuar no trabalho do rebanho e sobre os benefícios que proporcionam na produtividade. Boa leitura!

De que forma os cães ajudam no manejo

Quando bem treinados, os cães podem conduzir rebanho de bovinos com até 100 cabeças. No caso dos ovinos este número é ainda maior, cerca de 400 ovelhas. Além disso, são uma ótima alternativa para ajudar na condução de patos e galinhas. E mais, além de pastorear o rebanho são considerados como guardiões da propriedade. Os benefícios não param por aí, com o passar do tempo o rebanho se acostuma com os cães e ganham muito em bem-estar. Com isso melhoram nos seguintes aspectos:

Diferente da condução feita por humanos, no caso dos cães não há contato, apenas uma pressão psicológica. Os cães costumam latir para o rebanho e quando necessário chamam a atenção do peão para indicar a localização do gado.

Principais raças utilizadas

Algumas raças possuem a vantagem de já terem nascido com aptidão para desenvolver o trabalho no campo. Confira algumas abaixo!

Border Collier: os animais desta raça são considerados como os mais inteligentes, foram criados especialmente para cuidar de rebanhos. Trata-se de um cão muito ativo e obediente que está sempre alerta ao que acontece em seu redor. O principal diferencial desta raça frente às demais é a capacidade de realizar o trabalho distante do dono. Consegue buscar um rebanho inteiro sozinho, enquanto a maioria dos animais necessita da presença do condutor.

Ovelheiro-Gaúcho: São originários da região do pampa no Rio Grande do Sul, onde costumavam cuidar de rebanhos ovinos. Ao longo dos anos foram se adaptando e passaram a ser usados em diferentes tipos de criações por todo o Brasil. Se adaptam a diferentes tipos de ambientes e aprendem novos comandos com facilidade. Diferente dos cães da raça collier, os ovelheiros necessitam da presença do condutor .

Boiadeiro Australiano: desde a sua origem a raça é usada para pastoreio de gado, acompanhando de seu condutor o animal conduz o rebanho de um lado para o outro. Late para chamar a atenção do dono sobre alguma alteração e para avisar a localização dos animais.

Maremano: de origem italiana, é considerado cão pastoreio de ovinos, protegendo-as de possíveis ataques de predadores. São criados desde filhotes com as ovelhas e costumam até se misturar no meio delas. Nunca atacam o rebanho, pelo contrário, quando percebem alguma ameaça latem forte para espantar. São capazes de percorrer longos caminhos, inclusive durante a noite. Por isso, são considerados guardiões da propriedade e do rebanho.

Como é feito o treinamento?

A partir dos doze meses já podem ser iniciados os trabalhos com os animais, é fundamental que eles tenham predisposição para o trabalho em questão. Como vimos, algumas raças são mais fáceis de serem treinadas, são mais obedientes e disciplinadas. Porém, o trabalho de adestramento precisa ser feito por um profissional, nunca por conta própria.

O cão de pastoreio precisa ser treinado para responder aos comandos simples, antes de qualquer treinamento para pastoreio. Em seguida receberão treinamento de voz para que sejam capazes de diferenciar o que se espera que ele faça a partir da entonação do condutor. Tons mais agudos indicam necessidade de movimentos rápidos, para reduzir a velocidade os comandos são dados em tons mais baixos.

Em um terceiro momento o animal irá receber o treinamento de movimento, e serão capazes de se comunicar por meio de gestos. Estudos mostram que eles respondem a comandos como o desvio de olhar do tutor para indicar situações de desapontamento.

Ao trabalhar estes três pontos de forma sólida com os animais, o adestrador possibilita que sejam capazes de pastorear e desempenhar tarefas como cercar o rebanho no sentido horário e anti-horário. O mais importante é que todo o trabalho para formação do cão pastoreio deve ser realizado por meio de técnicas adequadas e seguindo as normas de bem-estar.

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Fonte: Globo Rural e Meus animais

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