Como atuar em Reprodução Bovina: 6 áreas que você precisa dominar

 Reprodução Bovina

O Brasil é um dos países mais importantes quando o assunto é pecuária. Dentro do setor, as técnicas para reprodução bovina têm sido destaque para médicos veterinários que pretendem trabalhar em uma área altamente lucrativa e valorizada.

Nesse sentido, não basta apenas querer. Em um cenário brasileiro onde uma parte considerável do Produto Interno Bruto (PIB) advém da produção de carne e leite, pecuaristas estão cada vez mais exigentes. É necessário se manter atualizado e saber se diferenciar no mercado por meio de um portfólio completo.

Está buscando mais informações sobre a área? Continue a leitura e entenda como atuar com reprodução bovina pode ser um diferencial na sua carreira.

Principais biotécnicas na reprodução bovina

Com os avanços da tecnologia e maior alcance do conhecimento científico acerca das técnicas reprodutivas, a monta natural vem perdendo espaço para a artificial. O uso de biotécnicas na reprodução do rebanho permite a produção de animais com alto valor genético, unindo bons resultados com comercialização mais valiosa. 

Para chegar lá é preciso ter em mente que fatores como condições climáticas, alimentação e manejo eficiente influenciam diretamente nos eficiência. Para entender um pouco mais sobre os aspectos fundamentais do manejo, traremos abaixo alguns métodos indispensáveis antes de submeter a vaca ao processo reprodutivo. 

1. Palpação retal 

O exame, também conhecido como palpação transretal ou exame de toque, permite avaliar a condição reprodutiva e diagnosticar patologias que podem estar comprometendo a fertilidade do gado. Além disso, o método também é fundamental para a execução de técnicas de Inseminação Artificial em Tempo Fixo e a Transferência de Embriões. 

A palpação retal consiste na introdução da mão no reto do animal de forma sutil, e depois do antebraço e do braço pela região do cólon descendente. Vale reforçar que para realizá-lo o médico veterinário precisa de muito conhecimento em anatomia, habilidade e experiência.

2. Ultrassonografia

Um método bastante usado, principalmente por não ser invasivo e não causar estresse ao animal, a ultrassonografia facilita uma série de outros procedimentos. O exame é importante tanto para a fêmea quanto para o macho, contribuindo para todas as etapas do manejo reprodutivo e auxiliando no controle mais efetivo da taxa de prenhez, natalidade e sexagem fetal. 

O aparelho de ultrassom veterinário funciona com base na produção de ondas sonoras de alta frequência que se propagam pelos tecidos. O eco das ondas formam imagens de alta resolução, capazes de demonstrar características de diversas estruturas no corpo do animal.

3. Exame andrológico

A aplicação deste método tem como objetivo identificar se a fertilidade do touro está adequada. Para tanto ele é dividido em etapas: exame clínico geral e exame específico. Na primeira fase avalia-se as condições gerais de saúde do touro reprodutor, passando pelo seu histórico e o motivo que o levou ao exame. 

Já o exame específico é dividido em fases. Na primeira são avaliados os órgãos genitais internos e externos por meio da palpação e ultrassonografia, citados anteriormente. Em seguida, é realizado um espermograma para avaliar a qualidade do sêmen. Por fim, é indicado um exame da libido para ver como o animal se comporta ao ser colocado na presença de fêmeas em estro.

4. Inseminação Artificial e Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF)

A inseminação artificial é um procedimento com o objetivo de depositar o sêmen de um touro doador diretamente no útero da fêmea, substituindo a monta natural. As etapas consistem em identificar o cio das vacas, separar os animais que serão inseminados, higienizar o animal, retirar o sêmen do botijão de armazenamento, descongelar o material adequadamente e depositar o sêmen no útero da fêmea. 

Já na IATF o propósito é inseminar um grande número de animais em um único período sem que haja a observação do ciclo estral – o que na inseminação tradicional não é possível. Por isso, a IATF oferece vantagens ainda melhores tais como, permitir um controle reprodutivo mais eficiente, realizar diferentes cruzamentos, reduzir a idade do abate, escolher a data do parto e, principalmente, inseminar mais fêmeas no mesmo dia. 

5. Transferência de embriões (TE)

Também tida como uma biotecnologia reprodutiva, consiste na multiplicação acelerada da progênie (descendentes) de fêmeas superiores, dentro de cada espécie. A técnica foi introduzida com o objetivo de aumentar a capacidade da fêmea de produzir óvulos férteis, considerando que o número de bezerros que consegue gerar durante a vida é pequeno em relação ao número de ovócitos que é capaz de produzir. 

A TE consiste nas seguintes etapas: Seleção zootécnica das doadoras, avaliação clínico ginecológica das doadoras e receptoras, tratamento hormonal para superovular as doadoras, tratamento hormonal para sincronizar o ciclo estral das doadoras e receptoras, observação do estro das doadoras e das receptoras quanto à regularidade e intensidade, inseminação artificial das doadoras, coleta e seleção dos embriões, deposição dos embriões coletados e avaliados no útero das receptoras e diagnóstico de gestação das receptoras.

6. Aspiração folicular e FIV

A aspiração folicular é uma biotécnica reprodutiva avançada que tem como objetivo retirar os óvulos imaturos dos ovários das vacas para que sejam utilizados na fertilização in vitro (FIV) de embriões. Os oócitos coletados são maturados e fertilizados, culminando na escolha dos embriões viáveis. O processo segue com a inseminação artificial da doadora e termina com a transferência de embriões para a fêmea receptora. 

Ou seja, a aspiração folicular para FIV em bovinos é a técnica que permite aspirar os óvulos imaturos dos ovários das vacas para que com a inseminação artificial e a transferência de embriões seja possível um avançado melhoramento genético bovino. 

Como ter sucesso atuando com reprodução bovina 

Como percebido ao longo do texto, as biotecnologias estão em constante avanço e são interligadas em diversos procedimentos. Atuar com reprodução bovina requer estudo e prática. Atualmente no mercado da bovinocultura existem opções de mestrado e doutorado acadêmico, curso de curta duração e pós-graduação lato sensu. 

Para quem deseja entrar logo no mercado de trabalho, uma especialização é uma opção interessante, principalmente quando aliada a um curso de curta duração. Essa é uma boa maneira de adquirir conhecimento e ficar por dentro do que há de mais novo. 

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Fontes: CPT Cursos Presenciais 1, CPT Cursos Presenciais 2, CPT Cursos Presenciais 3,CPT Cursos Presenciais 4, Shop Veterinário 1, Shop Veterinário 2, Shop Veterinário 3, Revista Veterinária, Cursos CPT.

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