O gado de leite é mais propício a desenvolver doenças reprodutivas

O desempenho reprodutivo pode ser comprometido por proliferação de doenças da reprodução, cabendo ao produtor ficar alerta para não ter consequências negativas em seu rebanho.

O gado de leite é mais propício a desenvolver este tipo de infecção por ser um gado que fica grande parte do tempo confinado e sai de seus alojamentos apenas para a ordenha. O fundamental é manter a sanidade desse gado para que tanto este quanto seus descendentes produzam carne e derivados de boa qualidade.

Doenças reprodutivas comprometem a saúde do gado leiteiro. O veterinário Alessandro de Souza, que trabalha com criadores de gado de Vargem Grande do Sul em entrevista a Gazeta de Vargem Grande disse que as principais doenças de reprodução encontradas em rebanhos de leite são a notraqueite Infecciosa Bovina (IBR) provocada pelo herpesvirus tipo I, a campilobacteriose genital bovina que é conhecida como vibriose, a triconomose genital bovina e a brucelose.

As medidas preventivas são fundamentais para evitar a proliferação dos vírus. Para fazer o controle da doença o pecuarista utiliza vacinas e exames de sangue periódicos. Segundo o veterinário a prevenção é o mais importante para o combate das doenças de reprodução, pois o tratamento muitas das vezes não se mostra tão eficaz pelo alto custo, pelo prejuízo instalado e pela perpetuação da doença no rebanho. “Depois de instalada no rebanho, o controle das doenças se torna muito mais difícil”.

O recomendado é que o produtor adquira animais provenientes de rebanhos onde a doença não esteja instalada. A inclusão de um calendário sanitário de vacinas pode ajudar na prevenção e dificultar seu reaparecimento, alerta o veterinário que ressalta ainda que o trabalho preventivo é o melhor remédio, uma vez que o produtor deve pensar no futuro quando se trata de rebanhos bovinos, pois todo trabalho genético pode ser em vão se o rebanho for contaminado.

No Rio Grande do Sul é destacado que a doença mais conhecida entre os pecuaristas é a brucelose, que tem vacinação obrigatória no Estado desde 2002 para fêmeas bovinas e bubalinas na faixa etária de 3 a 8 meses. “A brucelose se apresenta como uma zoonose, já que pode ser transmitida ao homem através da ingestão de leite e derivados provenientes de animais contaminados”, explicou.

A vacinação contra brucelose tem um custo elevado, pois muitos materiais são importados. Alessandro ressalta que a vacinação é vantajosa e acessível para produtor quando se trata de rebanho com alta genética e grande volume de produção.

Para não ter problemas com as doenças reprodutivas no rebanho o pecuarista precisa fazer o controle no gado leiteiro através da vacinação, e monitorar com auxilio de exames a inexistência do vírus. 

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Atualizado em: 8 de outubro de 2018

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