Uruguai: queda nas exportações de ovinos e nos abates

O exercício de 2007/2008 fechou com uma extração comercial ovina, que incluem os abates e as exportações de ovinos em pé, de 1,95 milhão de cabeças, o que representa uma queda de 17% com relação aos registros do ciclo anterior, segundo informou o El País. Os abates industriais, segundo dados do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC) foram de 1,74 milhão de cabeças nos 12 meses que terminaram em 30 de junho, registrando uma baixa de 100.000 cabeças com relação ao período anterior (-6%). As exportações de animais em pé registraram uma baixa muito mais pronunciada no último exercício, com 200.000 lanares exportados frente aos 500.000 exportados no ciclo de 2006/2007 (-300.000 cabeças). Até agora em 2008, este negócio esteve praticamente ausente, com vendas de pequenos volumes para os barcos e alguns negócios terrestres até o Brasil. Desta forma, põe-se um fim ao crescimento nos volumes produzidos iniciado há quatro anos. No entanto, os bons preços registrados nas exportações de carne ovina e de animais em pé determinam que os valores gerados no último exercício cheguem a US$ 72 milhões em conjunto, 9% a mais que o registrado no ciclo anterior. A explicação deste aumento nos preços, que também vem ocorrendo com a carne bovina, está na melhora substancial no preço dos produtos exportados. No caso da carne ovina, do volume total de carne produzida, 85% são exportadas e o resto se destina ao mercado interno, de forma que a incidência do mercado internacional é preponderante. Com uma redução nos volumes exportados de 6,2% no exercício de 2007/2008, os valores gerados chegaram a US$ 3 milhões, 30% a mais que o registro de 2006/2007. Esta diferença se baseia em um preço médio da tonelada de carcaça exportada, que chegou a US$ 2.572 neste período, 39% a mais que os US$ 1.856 em média do exercício anterior. No caso das exportações de ovinos em pé, a baixa nos volumes exportados foi tão pronunciada que a melhora nos preços não compensou esta queda e os valores gerados caíram pela metade, passando de US$ 18 milhões para US$ 9 milhões no último exercício. De todas as formas, o preço médio por cabeça lanar para o exercício de 2007/2008 chegou a US$ 43,4 FOB, 23% a mais que a média do período anterior, que foi de US$ 35,2 FOB. Para este ano, as diferentes estimativas realizadas indicam um novo decréscimo no número de ovinos no país, o que aumenta as incertezas em termos de oferta de lã para a próxima safra. Em todos os casos, as estratégias do setor para crescer em termos produtivos e econômicos terão que passar por uma maior produtividade e valor.

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Atualizado em: 8 de outubro de 2018

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