Rio Grande do Norte: caprinovinocultura cresce

Tida como animal de leite ruim e carne com cheiro desagradável, a cabra começa a ganhar destaque no mercado regional, e agregar valores aos produtos tem sido a palavra de ordem aos produtores. Licor, queijo, molho, hidratante, sabonete e rapadura são feitos para aumentar a renda dos pequenos criadores. Criar cabras e ovelhas não é tarefa fácil. Em um mercado cada vez mais exigente, o pequeno criador deve estar atento às mudanças de comportamento do consumidor. E é pensando nisso que o setor começa a se adequar à nova realidade. Aliás, a transformação já foi iniciada com a inserção do leite de cabra na merenda escolar, via Governo do Estado. São 600 litros de leite/dia. A Associação de Criadores de Caprinos e Ovinos de Mossoró e Região (ASCCOM) vislumbra aumentar para mil litros/dia. Além disso, com a abertura do mercado cada vez mais crescente, Jerônimo Frota, presidente da Asccom, enfatiza que é preciso que o criador se prepare. O avanço da caprinovinocultura no mercado é visível, mas o criador ainda enfrenta o problema relacionado ao atravessador. O quilo da carne de cabra sai ao valor de até R$ 7,50 e chega ao consumidor por R$ 12,00. Para que o pequeno criador não seja, no popular, passado para trás pelo atravessador, o presidente da Asccom afirma que procurou o governo do Estado para firmar uma parceria relacionada ao projeto Compra Direta, na qual o produto vai diretamente ao consumidor. Frota diz que essa realidade começou a mudar a partir de cursos de capacitação realizados na zona rural pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (Sebrae/RN), em cujo trabalho se diagnosticou cada produto e foram trabalhadas informações acerca do manejo, saúde do animal e agregação de valores. A rentabilidade da caprinovinocultura, dependendo de como o criador trabalha o setor, pode ser boa. Jerônimo Frota frisa que tanto a qualidade do leite quanto da carne depende do manejo. Um dos problemas mais sérios enfrentados pelo setor diz respeito ao abate dos animais. É que não existe local específico para o trabalho, e os animais são abatidos em áreas até inadequadas. Para resolver esse quadro, um projeto foi entregue ao Banco do Brasil, dentro do programa Desenvolvimento Regional Solidário (DRS), que visa a construção do abatedouro que possibilitará um selo de qualidade ao produto, e o qual será gerido pelos próprios criadores. As informações são do jornal Tribuna do Norte.

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Atualizado em: 8 de outubro de 2018

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