Apesar de ainda não ser tão amplamente empregada nos atendimentos veterinários, a ultrassonografia do tórax em cães é uma avaliação interessante na rotina clínica para checagem de órgãos dessa cavidade e diagnóstico de doenças pulmonares e cardiovasculares. Antigamente, o exame era feito somente em situações específicas e tratado como método secundário, porém, com os avanços dos equipamentos e especializações para a condução do ultrassom, a aplicação ampliou.
Por não ser invasiva, não causa danos aos animais, como dores e desconfortos, além de não emitir radiação ionizantes. Nesse sentido, a ultrassonografia é ideal para análise de órgãos da cavidade torácica como coração e pulmões. Outra vantagem é a emissão instantânea de imagens, o que permite ao condutor visualizar com detalhes as regiões examinadas e perceber alterações fisiológicas.
Continue a leitura deste texto para saber as principais aplicações da ultrassonografia de tórax em cães na rotina veterinária, assim como o protocolo de execução do exame.
Ultrassonografia do tórax em cães na rotina clínica
O exame pode ser indicado em diferentes situações. A primeira consiste na análise de lesões torácicas, após a execução do raio-x, sobretudo aquelas mais próximas à parede. Desse modo, pode-se observar a extensão do problema e se outras partes foram afetadas pelo trauma.
A ultrassonografia do tórax em cães com estado crítico também é aplicada. Isso quer dizer que pacientes com estágios graves de saúde e impossibilitados de se locomoverem, podem ser examinados em casa ou no hospital. O transporte do equipamento, portanto, é uma característica vantajosa para o veterinário.
Para a realização de drenagem, o ultrassom garante a eficácia da toracocentese e pericardiocentese. Também ajuda na coleta de líquidos para análises citológicas e biópsias. Com as imagens geradas instantaneamente, é possível manter o cuidado exato na condução do procedimento sem afetar o sistema cardiovascular e respiratório.
Outro uso da ultrassonografia do tórax em cães é para diagnóstico de problemas respiratórios, como pneumotórax, edemas, efusão pleural ou, ainda, lesões pulmonares periféricas.
É importante saber que, apesar da grande aplicabilidade, o ar dos pulmões e os ossos presentes no tórax podem ser impeditivos para visualização de algumas áreas. Logo, o condutor precisa conhecer a região investigada, escolher a melhor posição para o animal e saber a frequência correta a ser aplicada.
Protocolo para realização do exame
Os profissionais devem seguir estritamente os protocolos para ultrassonografia do tórax em cães a fim de resguardar o bem-estar do paciente e obter resultados satisfatórios com o exame. Há três formas de condução: com o animal sedado, anestesiado ou em jejum. Cada caso exige avaliação médica conforme as especificidades do estado clínico.
A parte torácica onde o exame será conduzido deve estar sem os pelos para aderência do equipamento ao gel e à pele. As posições mais usuais são em decúbito dorsal, esternal ou sentado, de acordo com a região a ser examinada. Recomenda-se a presença dos tutores para que o animal não estranhe o procedimento e também para reposicionamentos.
Saber conduzir o exame é fundamental para a acurácia do diagnóstico, assim como interpretar as imagens geradas. Para se aperfeiçoar na área, faça o Curso de Ultrassonografia em Pequenos Animais e tenha aulas práticas sobre essa técnica essencial para seu destaque no mercado.
Fontes: UFRGS; Mobile Vet; Mobile Vet; UFRGS; UFPR.