Conhecendo a fisiologia reprodutiva de bovinos: o primeiro passo para o sucesso!

fisiologia reprodutiva de bovinos

A fisiologia reprodutiva de bovinos é uma área da medicina veterinária em ascensão no Brasil. Os profissionais que desejam atuar com o setor de produção e reprodução animal e obter sucesso devem conhecer as especificidades de cada etapa da vida bovina. 

Para saber quais são as ações de monitoramento que devem ser adotadas no rebanho, assim como planejar o manejo bovino, veja os principais aspectos da fisiologia reprodutiva neste texto. Além disso, entenda como cada estágio reprodutivo exige implementar cuidados específicos que trarão lucratividade e melhores resultados.

Importância da fisiologia reprodutiva de bovinos

A seguir, apresentamos os principais fenômenos reprodutivos dos bovinos. Os veterinários devem ficar atentos a fatores que, em conjunto, interferem em cada fase da vida animal, como adequação do manejo alimentar e ambiental, protocolos de inseminação implementados, características do rebanho, doenças existentes e investigação precoce de patologias. Indica-se, ainda, o monitoramento do rebanho por meio de exames reprodutivos, laboratoriais e sanitários, investigação das condições corporais, análise das taxas de fertilização e prenhez.

Puberdade e maturidade sexual

A primeira etapa do desenvolvimento reprodutivo é caracterizada na puberdade. Neste momento, os órgãos reprodutivos modificam-se e começam a ficar aptos para desempenhar suas funções. A fase é estabelecida com o primeiro cio com a ovulação da vaca. Contudo, é importante destacar que a entrada na puberdade varia conforme a raça, o manejo nutricional e os fatores ambientais.

A maturidade sexual consiste no desenvolvimento do corpo. Estão relacionados fatores de crescimento, ganho de peso e condições para o parto.

Ciclo estral

Um aspecto importante da fisiologia reprodutiva de bovinos é o ciclo estral, composto por quatro fases (pré-cio, cio, pós-cio e anestro). Em geral, a cada 21 dias, as fêmeas entram no ciclo. Essa fase precisa ser conduzida com atenção e exige observações diárias, no mínimo duas vezes ao dia, das vacas. O melhor horário para inseminação ou cobertura das fêmeas ocorre no fim do estro, pois a vaca ovula entre 6 e 12 horas depois do encerramento (metaestro). 

Há duas recomendações que visam alcançar respostas reprodutivas elevadas. Inicialmente, cabe verificar se a fêmea está em estro, ou seja, aceitando receber a monta. Vista essa fase, deve-se atentar para:

  • animal em estro durante o período da manhã, deve ser inseminado à tarde;
  • animal em estro à tarde, precisa ser inseminado até a manhã do dia posterior. 

Contudo, cerca de 60% a 70% das fêmeas entram  em estro nos períodos da noite ou madrugada em razão de fatores climáticos, sobretudo em regiões tropicais e com altas temperaturas. Essa circunstância prejudica a observação do estro e ocasiona fatores de repetição. O que torna relevante considerar protocolos de IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo)

Outros problemas que podem surgir com a inobservância do estro se dá à inexperiência na identificação do processo, assim como a existência de doenças reprodutivas. Por isso, a capacitação profissional no setor de fisiologia reprodutiva de bovinos é primordial para boas práticas de manejo. 

Corpo lúteo

Durante o metaestro, ou também chamado de pós-cio, o corpo lúteo inicia seu desenvolvimento. Verifica-se a diminuição das glândulas reprodutivas das fêmeas. A vagina e a vulva têm uma coloração mais tênue e aspecto mais ressecado. Além de que o animal não aceita mais a monta nessa fase que dura entre dois e quatro dias.

Gestação

A gestação bovina dura, em média, 285 dias, o que corresponde a 9,5 meses. Por questões ligadas à fisiologia reprodutiva de bovinos, o período pode ser alterado em 15 dias. 

Essa fase caracteriza-se pela dilatação uterina da vaca chamada de “mãe do corpo”. A alteração fisiológica ocorre para o desenvolvimento fetal. Depois de parir, o útero demora até 40 dias para voltar ao estado normal. Se a fêmea tiver um novo cio durante a involução uterina, não se pode inseminá-la.

Novo cio

O recomendado é que entre parir e uma nova concepção tenha até 115 dias de recuperação. O melhor é um intervalo de 100 dias, mas reduzir o tempo é sempre almejado, pois, assim, aumenta-se a eficiência reprodutiva. 

O intervalo entre os partos pode acontecer entre 12 a 13 meses para melhora dos índices. 

Ultrassonografia para análise da fisiologia reprodutiva de bovinos

Portanto, o sucesso reprodutivo e, consequentemente, a lucratividade e o bem-estar animal estão interligados ao acompanhamento reprodutivo dos bovinos em cada etapa da vida. Por isso, ter boas práticas de manejo e cuidados com o processo produtivo são ideais para alcançar elevada eficácia. Então, exame de ultrassom é um método tecnológico e não invasivo muito usado nos processos reprodutivos desde antes da prenhez até o pós-parto para monitoramento do rebanho.

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Fontes: Embrapa; Simental Sim Brasil; Embrapa; Embrapa

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