Torção gástrica em cães: Veja como prevenir essa doença que pode ser fatal

A torção gástrica em cães, também conhecida como síndrome da dilatação vólvulo gástrico ou torção do estômago. É uma doença aguda e grave, que se não for tratada pode levar (cerca de 60% dos animais tratados tardiamente) ao óbito em poucas horas. Com causas primárias ainda desconhecidas, a enfermidade tem como fator desencadeador a alimentação feita de maneira errada e exagerada.

Ela pode acontecer também como resultado da mistura do estômago cheio com atividades físicas, heranças genéticas e certo detalhes da anatomia do cão. Por exemplo, animais de porte grande, tórax profundo e estreito. Entre as raças mais acometidas pela torção gástrica em cães podemos destacar:

  • Setter;
  • Labrador;
  • Rottweiller;
  • São Bernardo;
  • Pastor Alemão;
  • Dogue Alemão.

Como você viu acima, os cães de grande porte são mais cometidos. Entretanto, pode acontecer também animais de porte pequeno e médio. Por ser grave é extremamente importante que os tutores conheçam muito bem o problema. Por isso, neste artigo contaremos tudo que você precisa saber, vamos lá?

Afinal, como ocorre a torção gástrica em cães?

torção gástrica em cães

Quando o cão ingere uma quantidade exagerada de alimentos fermentáveis (feijão ou grãos variados) ou líquidos ocorre uma dilatação em seu estômago, e consequentemente pode haver a sua torção. O órgão distendido tende a girar bruscamente sobre si mesmo, cortando qualquer tipo de acesso sanguíneo local e impede que os gases que produz sejam expulsos.

E então, cheio de alimentos que precisam de digestão, o estômago retorcido prende a comida e não deixa que ela seja eliminada do corpo do cão pela via intestinal nem por vômitos. Dessa forma, o volume abdominal do animal aumenta cada vez mais, devido a fermentação do que foi ingerido juntamente com a formação de gases, naturais da região.

Além de grande desconforto, o cachorro pode apresentar alguns sinais, confira quais são eles em seguida!

Sinais da doença

A torção gástrica em cães compromete a circulação sanguínea de diversos órgãos da região, a absorção dos gases que resultam na fermentação da região e causa intoxicação do animal. Ou seja, se em poucas horas ele não for atendido por um médico veterinário capacitado corre um sério risco de ir ao óbito. Por isso, é necessário ficar atento aos primeiros sinais da enfermidade, confira os principais:

  • flatulência;
  • hipersalivação;
  • respiração ofegante;
  • dificuldade em vomitar;
  • aumento repentino no volume abdominal.

Diagnóstico e Tratamento

É importante deixar claro, que para ter chances de sobrevivência o pet precisa ser levado o quanto antes a uma clínica ou hospital veterinário. Ainda mais, o problema pode ser agravado caso o tutor administre medicamentos por sua própria vontade, sem a prescrição médica.

Provavelmente, o socorro do choque e da arritmia cardíaca do animal será o primeiro passo a ser seguido pelo médico veterinário. Em seguida, começam os procedimentos para descomprimir o estômago, início da fluidoterapia e a introdução da sonda pela boca.

Dependendo do quadro clínico encontrado, a cirurgia de emergência pode ser indicada. Mas, antes de ser iniciado o procedimento cirúrgico ao animal, algumas medidas são necessárias para que o quadro de saúde do cachorro seja restabelecido. Em primeiro lugar, se for possível, é indicado que ocorra uma punção no estômago, para a retirada todos os gases, assim a pressão intra-abdominal e inchaço possam diminuir. Uma vez que, essa manobra acontece a respiração e a circulação sanguínea são reestabelecidas.

Após isso, o médico veterinário, inicia a fluidoterapia. E, quando necessário aplica antibióticos e outras medicações para o controle da arritmia. Logo que, este procedimento é realizado o passo subsequente é a realização da cirurgia. É ela que será responsável por reposicionar no seu devido lugar o estômago do animal.

Essa cirurgia visa fixar o órgão na parede abdominal e evita que ele saia novamente de sua posição correta, diminuindo o risco de reincidência do problema. Quer saber como evitar que a torção gástrica em cães aconteça? Então, acompanhe o próximo tópico!

Como prevenir a torção gástrica em cães?

A melhor maneira de preservar o cão da torção gástrica é agir preventivamente. Algumas ações simples e básicas podem ser tomadas para diminuir o risco do animal ser acometido pela enfermidade, tais como:

  • oferecer ao cão rações de boa qualidade;
  • evitar situações estressantes para o animal;
  • restringir o consumo exagerado de água depois de comer;
  • não deixar que o animal faça exercícios após se alimentar;
  • fornecer alimentos fracionados de duas a três vezes ao longo do dia, nunca de uma única vez.

Colocando as ações acima em prática, os tutores serão capazes de prevenir as principais razões que favorecem que o problema fatal, da torção gástrica em cães aconteça.

E você, médico veterinário, está preparado para atender um paciente com torção gástrica? Ou só de pensar nisso já sente aquele “friozinho” na barriga? Você viu que saber agir nesses casos de emergência é fundamental para salvar a vida do paciente. Esteja preparado com essa dica de sucesso:

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Fontes: Pet Love, CachorroGato

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