Vacinação contra aftosa segue até o dia 30 no PR

Estado pretende se tornar até o ano de 2014 em área livre de febre aftosa sem a necessidade de vacinação; quem não vacinar irá ser multado A segunda etapa da campanha estadual de vacinação contra febre aftosa termina no dia 30 deste mês. Quem não vacinar ou não comprovar a vacinação poderá ser multado em R$ 87,27 por cabeça de gado. A meta do Estado é tornar-se até 2014 uma área livre de febre aftosa sem vacinação. Ou seja, a meta é suspender a imunização no rebanho bovino e bubalino do Paraná. O médico veterinário Nélio Rickli, de Ponta Grossa considera que os produtores locais já estão conscientes e que estão aderindo à vacinação. "Está relativamente tranquila a campanha, estamos vendendo a quantidade de doses esperadas, cerca de 35 mil. A vacinação é obrigatória. Para qualquer manejo com o animal o poder público exige a apresentação do comprovante de imunização. Caso contrário a multa será aplicada", afirma o especialista. Ainda de acordo com ele, além da multa não é permitido manejo do animal. Rickli explica que animais com menos de dois anos são vacinados duas vezes durante o ano: neste período e em maio. "No entanto, a previsão é de que fiquemos uma área livre de aftosa sem vacinação. Hoje já não temos casos de aftosa no Estado, mas mantemos a vacinação", ressalta o médico veterinário. Nesta segunda etapa da campanha, foi estendido um período de 10 dias para que os produtores tenham mais tempo de fazer a comprovação da vacina, que é obrigatória. A meta da Secretaria Estadual de Agricultura é vacinar 100% do rebanho de bovinos e bubalinos, em torno de 9,65 milhões de animais, que estão distribuídos em cerca de 210 mil propriedades rurais em todo o Estado. O produtor deve comprar a vacina nas casas agropecuárias e pegar a nota fiscal de compra e o comprovante de vacinação. O secretário Valter Bianchini aposta que não deverá ocorrer essa situação porque o produtor paranaense está bem conscientizado contra os prejuízos de um eventual foco de febre aftosa no rebanho e vem colaborando prontamente em todas as campanhas de vacinação. Produtores cumprem "dever de casa" Segundo o presidente da Sociedade Rural, Alexandre Kireff, os produtores estão cansados de vacinar seus animais contra febre aftosa. "Eles estão cumprindo sua tarefa de prevenir e imunizar o rebanho e nossa expectativa é que em pouco tempo possamos extingir a vacina", disse. Segundo ele, os produtores estão se preparando e estão do lado do governo para essa tomada de decisão, que exige muita responsabilidade. O secretário Valter Bianchini disse que a sanidade animal do rebanho paranaense já avançou bastante para que a equipe técnica possa requerer a suspensão das campanhas de vacinação como já acontece no Estado de Santa Catarina. A decisão é do Ministério da Agricultura e da OIE, que podem optar pelo reconhecimento de um estado ou de uma área maior que envolve mais estados como São Paulo e o Mato Grosso do Sul. O governo do Estado também vem fazendo seu dever de casa para atingir essa meta. Desde 2008, foram investidos cerca de R$ 20 milhões, em recursos do governo federal e estadual, na estruturação do serviço de defesa animal.

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Atualizado em: 8 de outubro de 2018

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