ABC do Trauma: atendimento veterinário em casos de emergência

abc do trauma

Você conhece o protocolo chamado ABC do trauma? Você sabe como lidar em um atendimento emergencial? Neste texto, apresentamos esse procedimento e detalhamos a importância de ser realizado nos primeiros instantes após a chegada do paciente. 

Situações de emergência colocam em risco a vida de pequenos animais, podendo gerar consequências para a saúde e até mesmo a morte se não houver intervenção correta imediatamente. Por isso, é essencial saber como atender e avaliar o estado clínico do paciente, seguindo diretrizes específicas para resguardar a saúde.

O protocolo já estabelecido pela comunidade médica é o método mais seguro para casos de traumas e visa diminuir as mortes e possíveis patologias nos pacientes. A seguir, entenda o ABC do trauma e suas aplicações.

O que significa ABC do trauma?

Alguns locais acrescentam outras letras nessa siglas, como ABCDE do trauma. Primeiramente, vamos entender o que é o ABC. É válido saber que cada letra corresponde a inicial de uma das etapas do protocolo em inglês.

  • A – airway – vias aéreas
  • B – breathing – respiração
  • C – circulation – circulação

Em primeiro lugar, a avaliação das vias aéreas é essencial para garantir a chegada de ar aos pulmões. Com a circulação de oxigênio pelo sangue, as células continuam recebendo esse elemento químico vital. Se for verificada alguma obstrução que impeça a entrada do ar, o veterinário precisa agir usando alguma técnica invasiva. Antes, contudo, recomenda-se a higienização dessas cavidades para tentar desobstruir e estabelecer a passagem do ar.

Em seguida, a letra B do ABC do trauma refere-se à análise da respiração. Aqui, o médico precisa observar a capacidade ventilatória do animal, checando a frequência e os movimentos da caixa torácica. Outro passo é fazer a apalpação leve dos arcos costais para saber se houve alguma fratura que possa estar atrapalhando a respiração.

Por conseguinte, a checagem da circulação objetiva excluir a ocorrência de hemorragia. Podem ser prescritos exames complementares para a avaliação, por exemplo, a ultrassonografia.

Após a realização do ABC do trauma, etapa inicial da emergência, deve-se fazer o atendimento clínico para tratá-lo. Além disso, o trauma pode ser avaliado com mais exames para saber a extensão e as intervenções que devem ser feitas. Outras avaliações serão feitas em etapas seguintes para checar a situação neurológica, dores, entre outras.

Outros passos

Nesse protocolo ABC do trauma, outras letras são unidas (ABCDE) para ter um panorama maior da extensão dos problemas e avaliar mais partes do organismo dos pequenos animais. 

A incapacidade corresponde à letra D (disability, em inglês). Nesse passo, a consciência do paciente é avaliada de forma inicial por meio da escala de Glasgow. Quando o atendimento clínico já está sendo realizado, o médico precisa realizar outra investigação de forma minuciosa.

Por fim, o protocolo para salvaguardar a vítima prossegue com a exposição (exposure, em inglês). Aqui, verifica-se a presença de fraturas, lesões ou hemorragias, além de checar a temperatura corporal.

Portanto, seguir as etapas do protocolo é o primeiro processo na recepção na triagem. Conheça mais sobre os atendimentos emergenciais com o Curso de Emergências e Pronto Atendimento em Pequenos Animais. As aulas práticas trazem conhecimentos para estabilização do paciente e preservação de sua vida.

Fontes: MV; Faculdade Vértice Univértix; Prof. Diogo Ferreira.

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