O que é e como diagnosticar cardiomiopatia dilatada em cães?

A cardiomiopatia dilatada em cães é uma doença crônica e grave relacionada ao coração, com alta taxa de mortalidade. Ela acomete principalmente os animais idosos, de grande porte ou gigantes, mas também pode ser encontrada nos menores.

Apesar da pouca probabilidade de cura, existem tratamentos médicos que ajudam no controle dos sintomas. Por isso, o diagnóstico precoce pode prolongar a vida dos cães e auxiliar na melhoria da qualidade de vida desses animais. Porém, para que isso se torne possível é fundamental contar com um profissional devidamente preparado. 

Pensando nisso, desenvolvemos este artigo para você entender melhor essa doença cardíaca e a importância do conhecimento prático na área. Veja a seguir os principais sinais clínicos, formas de prevenção e como diagnosticar a cardiomiopatia dilatada em cães.

Entenda melhor a cardiomiopatia dilatada em cães

cardiomiopatia dilatada em cães

O termo cardiomiopatia significa doença do coração. Ela é crônica, progressiva e acontece principalmente em cães machos de grande porte ou gigantes. As idades mais afetadas são entre 4 e 6 anos.

 A cardiomiopatia dilatada canina ocorre quando as câmaras cardíacas dilatam e o músculo cardíaco (parede do coração) fica mais fino, enfraquecido, menos elástico e não se contrai com o mesmo vigor que deveria. 

Essas alterações enfraquecem o coração e causam mau funcionamento dos ventrículos e consequentemente insuficiência no bombeamento do sangue para o resto do corpo. Conforme a doença vai progredindo, os problemas podem se intensificar causando deficiência nas válvulas cardíacas e insuficiência cardíaca congestiva.

O tratamento na maioria das vezes serve para melhorar a capacidade do coração de bombear o sangue, amenizar os sinais decorrentes de insuficiência cardíaca congestiva e controlar os sintomas. Mas, infelizmente as taxas de mortalidade são muito altas devido às arritmias e a insuficiência cardíaca.

Raças mais acometidas: Afghan Hound, Boxer, Doberman, Dog Alemão,  Irish Wolfhound, Old English Sheepdog e São Bernardo. Ou ainda: Cocker Spaniels (Americano ou Inglês) ou Vira-latas.

Principais sinais clínicos da enfermidade

Os sinais clínicos vão depender se a insuficiência está do lado direito, esquerdo ou em ambos os lados do coração. Independente disso, algumas características podem auxiliar no diagnóstico, como:

  • Fraqueza;
  • Desmaios;
  • Fadiga;
  • Perda de peso; 
  • Intolerância aos exercícios;
  • Arritmia;
  • Distensão abdominal;
  • Aumento de peso devido à retenção de líquidos;
  • Tosse;
  • Respiração difícil;
  • Frieza nas extremidades;
  • Língua azulada;
  • Colapso;
  • Coma;
  • Morte súbita.

Também é importante enfatizar que no início da doença é difícil perceber sintomas ou sinais de desconforto. Além disso, existem cães assintomáticos, esses não apresentam qualquer sinal da doença e podem morrer repentinamente.

Prevenção

A melhor forma de prevenir a doença é por meio de monitoramento precoce. Por isso, é importante orientar os tutores para a importância de realizar exames periódicos em seus animais, principalmente nos cães de grande porte ou gigantes, com mais de 5 anos de idade.

Assim, é possível identificar a doença precocemente e ter melhores resultados com o tratamento. Também é preciso evitar a reprodução dos animais acometidos, ou dos que já possuem histórico familiar de cardiomiopatia dilatada. Essa precaução pode ajudar a reduzir a incidência de novos casos. 

Como diagnosticar cardiomiopatia dilatada em cães

A cardiomiopatia dilatada em cães pode ser diagnosticada em exames de rotina. O primeiro passo para o diagnóstico preciso é a anamnese seguida de exame clínico geral e específico. O médico veterinário precisa ficar atento a todos os sintomas relatados e observados durante o exame físico, assim como qualquer tipo de anormalidade. 

No exame de rotina o profissional consegue identificar alterações no ritmo e frequência cardíaca, usando exames auxiliares para comprovar. Entre eles, o radiográfico do tórax que ajuda a observar o aumento do tamanho do coração e alterações nos vasos sanguíneos.

 O Ecocardiograma, que é uma espécie de ultrassom do coração, também é muito indicado como exame auxiliar. Com ele é possível observar a dilação e o aumento das câmaras do coração ou as anormalidades da válvula cardíaca. 

Mesmo com todas essas possibilidades, um dos métodos mais seguros e definitivos para realizar este tipo de diagnóstico é o Eletrocardiograma. Esse é um teste diagnóstico valioso e muito indicado  para identificar a doença forma rápida e simples, avaliar sua evolução e ainda monitorar a terapia instituída.

As informações obtidas por meio do Eletrocardiograma são também essenciais para a determinação do tipo, origem e severidade das arritmias cardíacas, bem como no direcionamento terapêutico. No entanto, é muito importante que o profissional tenha conhecimento prático e atualizado na área para saber interpretar corretamente as informações. 

Prognóstico

Mesmo não existindo muitas chances de cura, é possível instituir medidas para monitorar o nível de progressão da enfermidade e amenizar seu agravamento ou seus sintomas. Sendo assim, para aumentar a longevidade e a qualidade de vida dos cães, o profissional experiente e bem preparado pode fazer toda a diferença. 

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Fontes: Ciência Rural, Shop Veterinário, Renal Vet, Revista Veterinária, Pet Care.

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