Otite em cães e gatos: causas, diagnóstico e tratamento

otite em cães e gatos

A otite em cães e gatos é uma doença inflamatória ou infecciosa na orelha e comumente encontrada no cotidiano de atendimentos das clínicas veterinárias. Antes de seguirmos pelas explicações da doença, é válido entender que a orelha é um órgão com dupla função: auditiva e para equilíbrio. Sua divisão anatômica compreende as partes externa, média e interna, cada uma com órgãos específicos. Os formatos variam entre as espécies, assim como seus posicionamentos. 

Em razão de tais condições, pequenos animais com orelhas caídas, conhecidas como pendulares, ou com elevado volume de pelo no local apresentam condições mais propícias  para desenvolvimento de otites. Muitos tutores relatam aos profissionais que seus animais estão balançando frequentemente a cabeça ou com os ouvidos vermelhos, sinais típicos do problema.

É fundamental, portanto, saber diagnosticar essa patologia e suas causas. Assim, é possível tratá-la de forma precisa e evitar danos à saúde animal. Continue a leitura deste texto para saber como a doença surge, os sinais clínicos, tipos e tratamentos recomendados.

Surgimento da doença

O problema pode originar por diferentes causas. Entre elas, podemos destacar:

  • Alergias
  • Alterações ambientais
  • Desqueratinização e problemas dermatológicos
  • Entrada de materiais inadequados na orelha
  • Excesso de cerúmen
  • Proliferação de parasitas e microorganismos
  • Predisposição devido à anatomia dos canais da orelha

Animais com orelhas caídas são os mais propícios em apresentar quadros de otites, pois o local não é ventilado e, muitas vezes, fica úmido. Tais fatores elevam o desenvolvimento de microorganismos, como fungos e bactérias. Parasitas como carrapatos e a sarna também acarretam essa doença.

Há casos em que as consequências de otites frequentes geram quadros de difícil tratamento. Isso se deve a inflamações, grande produção de cerúmen, perfuração do tímpano, aumento no volume de secreção e até uso de dimetilsulfóxido (DMSO). Nessas situações, o profissional precisa avaliar com minuciosidade para averiguar o que está acontecendo.

Sinais comuns de otite em cães e gatos

Os sinais clínicos mais evidentes em casos de otite em cães e gatos são vermelhidão do canal da orelha, o animal pode ficar sacudindo a cabeça com grande frequência ou sentir incômodo ao coçar o local. 

Além desses fatores, pequenos animais que estão sofrendo com esse problema ficam com a cabeça inclinada para o lado acometido, com inchaço na região, além de manifestarem reação quanto tocamos sua orelha devido à forte dor. 

É necessário destacar duas características comuns: cheiro ruim e secreção. A coloração dessa substância pode variar conforme a origem do problema e ser amarelada, amarronzada ou dourada.

Cuidados com o animal

Para evitar o surgimento de otite em cães e gatos, deve-se sempre impedir a entrada de água na orelha do animal. Momentos de higienização, banho ou até mesmo de lazer do animal precisam de atenção para que não ocorra entrada de líquido no canal auditivo, por isso, uma recomendação seguida por profissionais da veterinária é usar algodão, já que impede a passagem de água. 

A tosa é um item fundamental e só deve ser feita por profissionais. Esse procedimento permite a passagem de ar com mais facilidade, não deixa o local abafado propício para proliferação de microorganismos.

Diagnóstico e tratamentos

O procedimento para diagnosticar otite em cães e gatos precisa ser conduzido por um veterinário especializado que conduzirá todas as etapas. Primeiro, o histórico do animal deve ser levantado pela anamnese. Conjuntamente, deve-se fazer exames físicos e otológicos. 

Para saber com exatidão se o problema é causado por bactérias, fungos ou outro tipo, o veterinário precisa prescrever exames para análise da secreção, como parasitológicos, citológicos, de cultura e antibiograma e uma otoscopia. A partir da avaliação, a investigação pode ser aliada com exames de ultrassonografia, estimulação sonora e outros métodos a depender do caso.

Após identificar, o tratamento é feito com uso de fármacos. É necessária a limpeza do canal para retirar secreção e, assim, aplicar o produto. Os casos de recorrência precisam de cuidados específicos, visto que mudanças na morfologia do ouvido podem impedir a chegada do medicamento até a área afetada.

Estudar de forma prática sobre otite em cães e gatos, assim como aprender a diagnosticar diferentes doenças dermatológicas, é essencial para suas consultas. Faça o Curso de Dermatologia em Pequenos Animais e se especialize em pequenos animais.
Fontes: Vetsmart; Petcare; Centro Hospitalar Veterinário; Mercearia do animal.

Artigos Relacionados