Agronegócio deve movimentar R$ 84,4 bilhões neste ano

O PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio mineiro cresceu quase 10% no primeiro semestre. É o que mostra levantamento feito pelo Cepea/USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo), patrocinado pela FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais) e SEAPA (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais). Se o ritmo do crescimento se mantiver, o PIB do setor deve chegar a R$ 84,4 bilhões em 2008. “Este resultado comprova a pujança do agronegócio e seu peso na economia mineira e nacional”, ressalta o superintendente de Economia e Política Agrícola da SEAPA, João Ricardo Albanez. O setor – acrescenta – já responde por 30% do PIB de Minas e por 11% do PIB do Brasil. A pesquisa mostra que o bom desempenho foi alavancado pelo agronegócio da pecuária, que cresceu 14,04%, puxado pela produção de leite. O agronegócio da agricultura teve taxa menor de crescimento, de 5,94%. O coordenador da Assessoria Técnica da FAEMG, Rodolfo Oliveira, informa que o segmento que mais cresceu no primeiro semestre foi o de insumos, tanto para agricultura como para pecuária. Este crescimento deve-se à alta de 60% dos preços dos produtos, que subiram motivados pela demanda crescente. “A procura por fertilizantes cresce em todo o mundo, especialmente no Brasil, para atender ao aumento da oferta de alimentos e de matéria-prima para biocombustíveis”, explica. Tendências – Outro destaque da pesquisa foi o bom desempenho da produção agrícola, com o crescimento das safras de grãos e de café, embora este último produto esteja com preços em declínio. Por outro lado, a agroindústria de base vegetal registrou variação negativa de -2,75%. Esta baixa decorre, principalmente, da queda das cotações dos produtos das indústrias sucroalcooleira e cafeeira: álcool anidro (-16,85%), álcool hidratado (-18,62%), açúcar (-25,42%) e café (-6,59%). O bom resultado do PIB não se reflete, no entanto, na renda do produtor rural. Segundo Rodolfo Oliveira, a tendência é de que os custos continuem subindo, sobretudo em virtude da alta dos insumos. Diante desse cenário, tanto a FAEMG como a SEAPA orientam o produtor a otimizar seu sistema de produção, acompanhando a evolução do mercado e, sobretudo, adotando a gestão de custos. Assim, poderá minimizar os impactos de possíveis variações de oferta e consumo.

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Atualizado em: 8 de outubro de 2018

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