Pivô central: saiba como funciona e indicações de uso

Pivô Central

O Pivô Central é uma técnica de irrigação que é fundamental para agricultura, especialmente quando se fala em grandes escalas de produção. Apesar de demandar um orçamento maior para sua implantação, o retorno sobre o investimento é bastante atrativo.

No entanto, antes de tomar a decisão de elaborar um projeto de irrigação com o pivô central é preciso entender o seu funcionamento e se ele realmente vale a pena para o caso específico.

Neste artigo vamos explicar o que é e como funciona o pivô central, os tipos de sistema e se realmente vale a pena o investimento!

Como funciona um sistema de Pivô Central? 

O  Pivô Central de irrigação é uma tecnologia na qual a irrigação é feita por meio de uma torre, com uma estrutura suspensa que gira de forma circular para a parte superior da plantação. A estrutura possui motor e rodas para que haja o deslocamento.

Em um sistema com pivô central, uma área circular é projetada para receber uma estrutura suspensa que, em seu centro, recebe uma tubulação. Por meio de um raio que gira em toda área circular, a água é aspergida por cima da plantação. Assim, o pivô é a fonte fornecedora de água e de energia elétrica.

Apesar de parecer uma máquina simples, o pivô central reúne uma estrutura bastante complexa, deve ser calibrada corretamente. Os aspersores e os componentes elétricos precisam trabalhar corretamente para garantir o funcionamento da máquina no campo.

A tubulação que recebe a água de um dispositivo central, sob pressão, chamado de ponto do pivô, se apoia em torres metálicas triangulares. As torres movem-se continuamente acionadas por dispositivos elétricos ou hidráulicos, descrevendo movimentos concêntricos ao redor do ponto do pivô.

Certamente, se utilizado da maneira correta, a irrigação por esse método proporciona excelentes vantagens e resultados.

Principais vantagens do Pivô Central

Não é novidade que a irrigação é essencial para garantir boa produtividade o ano inteiro, independente da falta de chuvas. Afinal, é um modo de manter o ambiente controlado, minimizando prejuízos causados pelo período de seca, principalmente quando ele não é esperado.

O agricultor que pretende se tornar um irrigante tem diversas opções de sistemas de irrigação, softwares de gestão e marcas. Porém, antes de realizar qualquer escolha de equipamento, ele tem que entender quais os resultados ele pretende alcançar na fazenda. 

Por permitir a aplicação de maneira precisa de água e fertilizante nas culturas, há uma grande aceitação entre os produtores rurais do pivô central, principalmente em grandes plantações.

Então, entre as principais vantagens dessa técnica, podemos destacar:

  • simplicidade na operação;
  • eficiência no uso de água e energia;
  • baixo custo com mão de obra, depois de instalado;
  • irrigação para longas distâncias;
  • facilidade de adaptação em fazenda com solo regular e grandes extensões;
  • eficiência e facilidade na aplicação de fertilizantes na aplicação.

Por outro lado, o pivô central possui algumas limitações como a impossibilidade de ser usado em áreas menores, alto investimento inicial, e o fato de não ser indicado para solos irregulares.

Além disso, garantir as vantagens do uso dessa tecnologia é necessário que o responsável pela implantação tenho conhecimento da técnica, da necessidade da planta e do solo, assim como saber calcular o turno de rega adequado.

Conheça os 3 Tipos de Pivôs

Mesmo tendo algumas características específicas em comum, é possível encontrar diferenças significativa entre eles, de acordo com o tipo de sistema ou do uso.

A seguir, veja quais são os tipos de pivô central utilizados pelos produtores brasileiros!

1. Pivô central fixo

A torre central fica fixa sobre uma base de concreto que fica localizada no centro da área a ser irrigada. Sua principal vantagem é a baixa necessidade de mão de obra para operação do equipamento, já que apenas um operário pode operá-lo. Por outro lado, a sua movimentação é mais limitada.

Portanto, é mais recomendado para diferentes solos e topografias e pode ser ajustado para plantas de diferentes alturas.

2. Pivô central rebocável

Utilizado para irrigar várias áreas em círculos, nesse sistema, a torre é montada sobre 2 ou 4 rodas articuladas. Portanto, permite a estabilidade para o reboque do equipamento em terrenos irregulares. Sua principal vantagem é a instalação simples e rápida.

O rebocável de quatro rodas é um equipamento projetado para ser utilizado em áreas maiores e com declividade acentuada, pois permite mais estabilidade para o reboque em terrenos irregulares. Além disso sua instalação é simples e rápida.

3. Sistema linear (ou Pivô lateral)

É específico para áreas retangulares que tenham apenas pequenos desníveis. Pois, se desloca em linha reta, permitindo o bom aproveitamento da área. Além disso, percorre grandes distâncias, permite a aplicação de água e fertilizantes de maneira precisa. 

Existe um pivô linear que o produtor pode comandar todo o sistema por um computador ou smartphone. Ele ainda pode determinar a velocidade e quantidade de água a distância. A alimentação elétrica do sistema pode ser fornecida por rede elétrica convencional, ou por meio de grupo gerador. Já a alimentação hidráulica é feita por mangueira, ou utilizando um canal.

Em geral, possui altura livre de 3 ou 4 metros e é indicada áreas planas e sem obstrução, especialmente para culturas de grãos e cana-de-açúcar. Além disso, também existe a opção do equipamento linear ser também rebocável.

Manejo correto dos sistemas de irrigação

Quando o manejo dos sistemas de irrigação não é realizado de forma correta, existem sim, desperdícios de água, energia elétrica, dinheiro e produtividade.

Para evitar que esses e outros prejuízos ocorram é primordial não deixar de lado o gerenciamento dos projetos dos sistema de irrigação e o seu manejo. 

Do mesmo modo, é imprescindível investir em capacitação para se ter sucesso e destacar-se no mercado. Na irrigação atual, não há espaços para improvisos!

Manutenção

Normalmente, um pivô central com uma boa manutenção pode ter uma vida útil entre 15 a 20 anos. No entanto, é recomendado que o produtor faça uma revisão pré-safra, conferindo o conjunto de tração, os aspersores e reaperto de parafusos e a parte elétrica. 

Se o ph da água na região for muito ácido ou alcalino, o equipamento apresenta uma depreciação mais rápida. Por isso, o manejo da água e a manutenção preventiva são tão importantes.

Qual sistema de irrigação ideal?

Depois de ler tudo isso, você já descobriu se o pivô central é sistema ideal para sua cultura? Essa escolha deve ser cautelosa porque deve levar em conta o tipo do solo, relevo, disponibilidade de água, clima de sua região e o tipo de plantio. 

Primeiramente, antes da escolha do melhor tipo de irrigação para sua fazenda, o ideal é conhecer bem todos os aspectos que envolvem a implantação de um sistema de irrigação: disponibilidade de água, tipo de cultura, tipo de solo e taxa de evapotranspiração.

Se você deseja entender melhor como escolher o sistema de irrigação e elaborar projetos eficientes, temos uma dica especial para você:

>>Curso de Projetos de Sistemas de Irrigação

>>Curso de Manejo de Sistemas de Irrigação

Fontes: Central Irrigação, Produtividade Irrigação e AgroSmart

Artigos Relacionados