Processo de Digestão nos Ruminantes

Inicialmente, o alimento é apreendido com a boca e sofre apenas uma ligeira mastigação. Ao mesmo tempo, os alimentos são umedecidos pela saliva, que é secretada em grande quantidade, com o objetivo de amolecer o alimento.

Esse amolecimento continuará no rúmen, aonde chega também a água ingerida pelo animal. No rúmen, o conteúdo segue seu caminho em sentido contrário, em direção a boca, constituído o processo de ruminação, ou seja, o retorno do bolo alimentar do rúmen para a boca, onde é submetido a uma nova mastigação e insalivação, agora mais demorada e completa, diminuído o tamanho das partículas ingeridas, para melhorar o desempenho da digestão.

Após bem triturado, o bolo alimentar é novamente deglutido, voltando ao rúmen, que continua e movimento. O alimento passará para o retículo, quando se apresentar com partículas suficientemente pequenas e fluidas podendo, para isto, ocorrer várias ruminações.

Todos os alimentos, durante sua permanência no rúmen, são decompostos pela ação da flora ruminal (bactérias e protozoários). Esses microrganismos se encontram aos milhares por mililitro de líquido, e estão especializados e adaptados a esses alimentos.

As bactérias da flora dividem-se em dois grupos principais:

1. Bactérias celulolíticas, que digerem os volumosos (capim, feno, silagem).
2. As amilolíticas, que digerem os concentrados (ração, milho, farelos etc.).

Estes dois grupos devem estar em equilíbrio, ou seja, a flora amilolítica deve ser sempre menor que a celulolítica. Um aumento exagerado da flora amilolítica, causado pelo excesso de concentrados, causa sérios danos à digestão.

Entre os produtos resultantes das fermentações do rúmen, são produzidos também gases, como o metano e o carbônico, que são eliminados pela boca, através da eructação, graças aos movimentos ruminam.

O alimento, se adequadamente liquidificado, passa ao omaso onde é “prensado” pelas lâminas existentes na sua mucosa, perdendo assim boa parte do excesso de água, passando, a seguir, ao abomaso.

No abomaso o alimento sofre ação química do suco gástrico, secretado pelas glândulas presentes em sua mucosa. Na forma semi-fluida, o bolo alimentar passa ao intestino, onde continua o processo químico, iniciado no abomaso, sofrendo ação de outras secreções do sistema digestivo (suco pancreático, bile e suco intestinal).

 

Ainda está com dúvida sobre alimentação do gado de corte? Veja esses materiais que separamos para você:

Manejo Nutricional de Gado de Corte – Alimentos e Alimentação

Administração Técnica e Econômica da Bovinocultura de Corte

 

Equipe CPT Cursos Presenciais DERESZ, Fermino; MENDONÇA, Patricia Tristão

Bovinos

Atualizado em: 8 de outubro de 2018

Artigos Relacionados