Sincronização de cio em éguas: como funciona?

Sincronização de cio em éguas

Uma biotecnologia importante para o crescimento da equinocultura é a sincronização de cio em éguas juntamente à indução da ovulação. Embora seja pouco implementada na área de reprodução dos animais, seu uso busca a elevação da eficiência reprodutiva e obtenção da maior lucratividade, ações indispensáveis para o sucesso no setor.

A sincronização e indução do estro são medidas que podem ser implementadas em diferentes fases do ciclo estral da fêmea. Para tanto, o profissional deve administrar hormônios, como a progesterona e a prostaglandina.

A sazonalidade da reprodução é um fator trabalhoso para os profissionais. Por isso, siga a leitura deste artigo para entender o funcionamento e a aplicabilidade da técnica para reprodução de cavalos.

Funcionamento da técnica

Primeiro, é válido descrever que o ciclo estral das fêmeas é o momento entre ovulações (estro e diestro). Essa fase é importante para a sincronização de cio em éguas, visto que auxilia na transferência de embriões, o que exige a simultaneidade de cio entre doadoras e receptoras.

A sincronização visa encontrar a presença de um folículo dominante em desenvolvimento durante a interrupção da aplicação dos hormônios progesterona e prostaglandina. Desse modo, consegue-se a sincronização da ovulação entre as fêmeas. Outro ganho com o procedimento é o uso tanto da inseminação artificial quanto da monta natural, obtendo grande taxa de prenhez. 

Para isso, o exame de ultrassom deve ser executado na análise. Por meio dos resultados de imagem, o profissional consegue identificar os padrões de desenvolvimento e diminuição dos folículos. 

O monitoramento é primordial para a condução da sincronização de cio em éguas. Assim, recomenda-se a análise diária das fêmeas doadoras após a presença do folículo dominante no exame de imagem e da palpação através do reto. O protocolo hormonal precisa ser elaborado pelo profissional de modo a conseguir a simultaneidade do cio.

Por fim, vale apontar que o ciclo estral é variável entre os animais. Logo, o veterinário deve fazer avaliações nos animais, considerando o histórico reprodutivo de cada fêmea, o que ajuda na seleção correta das éguas que serão usadas nas inseminações.

Vantagens da realização da sincronização de cio em éguas

Com a implementação correta da técnica, obtêm-se benefícios para o aumento da lucratividade e de potros superiores geneticamente. É possível reduzir o tempo do ciclo estral nas éguas e elevar os ciclos e ovulações ao longo do ano. Assim, consegue-se mais embriões. 

As vantagens da sincronização de cio em éguas se estendem para a possibilidade de tornar o útero propício para o desenvolvimento gestacional e a realização do parto. Acrescenta-se também a chance de mobilizar outras técnicas de inseminação artificial e conseguir altos resultados. 

Os custos diminuem, uma vez que as fêmeas receptoras não precisam esperar por longos períodos no plantel. Por outro lado, os lucros aumentam à medida que os números de potros nascidos cresce naquele período, possibilitando o uso de quantidades adequadas de sêmen de garanhões potencialmente melhores, bem como nascem animais semelhantes e com altas condições físicas e de saúde.

Como apresentamos, essa biotecnologia reprodutiva é desafiadora para a área e, em razão disso, há poucos profissionais aptos para sua execução no mercado. Por isso, se você busca inserção nesse setor, capacite-se.

Com o Cursos de Ultrassonografia e Palpação Retal em Equinos, você aprende mais detalhes sobre como fazer a sincronização de cio em éguas, assim como a implementar o exame de ultrassom no processo de reprodução equina. Investir em capacitação profissional é sinônimo de crescimento dos lucros e diferenciais na veterinária.

Fontes: Unesp; CBRA; CBRA; Scielo; USP; UEMA; Unesp.

Artigos Relacionados