A importância da ultrassonografia de ovários em éguas

ultrassonografia de ovários em éguas

O ultrassom é um aparelho eletrônico muito utilizado na rotina do médico veterinário. Com o avanço dos estudos foi sendo percebido a importância do exame em várias situações na equinocultura, como por exemplo, a ultrassonografia de ovários em éguas. 

Através do exame ultrassonográfico é possível obter análises precisas dos folículos e do útero, que serão fundamentais para diversas biotecnologias e também para acompanhamento da saúde da fêmea. Entretanto, para conquistar os resultados esperados com o exame é preciso ter conhecimentos que vão desde a estrutura dos ovários até porque monitorar as éguas. 

Neste artigo vamos explicar um pouco mais sobre como a ultrassonografia de ovários em éguas tem um papel fundamental no monitoramento dos processos de reprodução equina. Confira!

Estrutura dos ovários nas éguas

Dois ovários compõem o sistema reprodutivo da fêmea equina. Eles estão localizados na parte dorsal do abdômen e cranioventral à esquerda das asas dos ílios, medindo de 8 a 10 cm ao longo do eixo maior, em éguas de grande porte.

Em relação a fisiologia reprodutiva, os ovários possuem milhares de folículos, mas poucos se desenvolvem, maturam e chegam a ovular. Devido a presença tanto dos folículos quanto dos corpos lúteos ao longo da estrutura, os ovários se tornam facilmente palpáveis.

Se folículos estiverem presentes, os ovários contam ainda com outra característica: estarão aumentados. Durante a ultrassonografia de ovários em éguas deve-se avaliar o tamanho, a consistência e a presença de estruturas. 

Desenvolvimento folicular e formação do corpo lúteo 

As fêmeas equinas possuem ciclos reprodutivos contínuos em uma mesma época do ano, recebendo a classificação de sazonais de dias longos, ou seja, os eventos relacionados à reprodução ocorrem durante a primavera e o verão. Além disso, as éguas têm ciclos reprodutivos divididos em: proestro, estro, metaestro e diestro.

O estro é a fase responsável pelo desenvolvimento folicular, no qual o estrógeno folicular predomina e ocorre receptividade sexual. A produção desse hormônio leva ao crescimento dos folículos, aproximadamente 2 a 3 mm por dia, até que um deles se sobressaia se tornando dominante, enquanto os outros regridem para subordinados.

O estro dura de 5 a 7 dias, com a ovulação ocorrendo de 24 a 48h antes do final da fase.

A ovulação espontânea ocorre geralmente quando o folículo dominante atinge aproximadamente os 40 mm de diâmetro. Depois da ovulação, é iniciada a fase lútea, com a formação do corpo lúteo devido ao aumento da progesterona, hormônio importante para o término dos sinais clínicos do estro. 

O corpo lúteo pode ser definido como uma etapa preparatória para que o útero acolha o embrião. Vale ressaltar que quando ocorre a fecundação e o desenvolvimento do embrião, o corpo lúteo em éguas permanece no organismo por mais tempo. Já em situação de não fecundação, a glândula diminui.

Por que realizar a ultrassonografia de ovário em éguas?

O ultrassom é bastante utilizado no manejo reprodutivo equino por apresentar uma série de vantagens. Através do exame é possível determinar em qual fase do ciclo estral a égua se encontra, realizar o acompanhamento folicular, determinação da ovulação, determinação da ecogenicidade uterina e presença de conteúdo, diagnosticar precocemente uma gestação e acompanhá-la, promover a sexagem fetal entre outros benefícios.

Com o aprimoramento dos equipamentos de ultrassonografia, hoje se podem observar sinais que não eram visualizados com a tecnologia pioneira ou comprovarem suspeitas feitas por meio da palpação retal. Além disso, a ultrassonografia de ovário não é um método invasivo e não apresenta risco ao animal. 

A ultrassonografia de ovário em éguas é a base para monitorar um programa de reprodução com eficiência. Entretanto, o sucesso do manejo depende também do profissional que utiliza desse recurso.  É preciso ter conhecimento e prática para um correto direcionamento do transdutor e para a análise das imagens geradas.

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Fontes: Curso Palpação Transretal e Ultrassonografia em Equinos, C, L.H.O,Shop Veterinário 1, Shop Veterinário 2, Shop Veterinário 3.  

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